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A vida extraterrestre na obra de Allan Kardec e Chico Xavier

Publicado em 15 de março de 2018 por Marcos Leão

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Sobre vida extraterrestre os espíritos afirmam que todos os orbes têm sua civilização, em estágios diferentes de evolução. Sob esse enfoque, podemos dizer que o Sistema Solar é um laboratório rico em quantidade e variedade de espécies, e o humano terráqueo é apenas uma delas. Sendo assim, didaticamente, cada planeta constitui verdadeira escola ou oficina, onde o princípio inteligente da criação, ou espírito, tem a oportunidade de se descobrir como colaborador na obra de Deus.

 

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Em virtude da grande repercussão sobre a entrevista realizada por Robson Pinheiro à extraterrestre Shellyanna, através da mediunidade da Dra. Mônica de Medeiros, recebemos desde então diversas opiniões, críticas e elogios evidenciando uma grande lacuna a respeito do assunto vida extraterrestre. Como a grande maioria das críticas vieram dos espíritas, trouxemos neste artigo, para surpresa de muitos, a visão de Kardec, Chico e outros avatares do espiritismo a respeito deste tema. Todas as fontes são citadas no artigo. Acompanhe até o final comigo!

Os espíritos afirmam que todos os orbes têm sua civilização, em estágios diferentes de evolução. Sob esse enfoque, podemos dizer que o Sistema Solar é um laboratório rico em quantidade e variedade de espécies, e o humano terráqueo é apenas uma delas. Sendo assim, didaticamente, cada planeta constitui verdadeira escola ou oficina, onde o princípio inteligente da criação, ou espírito, tem a oportunidade de se descobrir como colaborador na obra de Deus.

“Deserto inimaginável estende-se além das estrelas. Lá, em condições diferentes das do vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida que as vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos, comprovar.”

(Allan Kardec, no livro A gênese)

Pelos idos de 1858, Kardec já se referia à existência de vida inteligente em outros mundos habitados, inclusive com entrevistas realizadas por meio da evocação de seres de outras moradas. O que causa estranheza é a dificuldade que os adeptos do espiritismo, em sua grande maioria, têm em entender tal realidade. Mais estranha ainda é toda reação contrária à manifestação de irmãos de outras moradas em nosso ambiente por meio de médiuns, por exemplo, pela psicofonia. As comunicações existentes entre o homem da Terra e habitantes de outros planetas podem, sim, segundo o espiritismo, ser feitas a partir de médiuns que recebem mensagens pela psicofonia ou pela psicografia de espíritos que estão em comunicação com os extraterrestres.

Além da entrevista citada no início deste artigo, tivemos outro episódio de contato com extraterrestres através da mediunidade, cito – a entrevista com Goulan, através de Robson Pinheiro; – Ambos episódios, bem como a repercussão, me fizeram ir a campo à procura de algum material que pudesse lançar mais luz sobre o tema. E não foi nada surpreendente encontrar nas pesquisas de Allan Kardec um riquíssimo conteúdo, o qual apresento logo abaixo, para leitura, estudo e reflexão, aos que desejam ir além do que as pessoas dizem e tudo mais. Os textos constam da Revista espírita. Esse periódico, com a função de divulgação da doutrina espírita, foi lançado por Allan Kardec com recursos próprios, em 1º de janeiro de 1858, em Paris. Kardec foi o diretor da revista até o seu falecimento, em 31 de março de 1869. Ele a utilizava para o desenvolvimento e o debate de ideias que seriam, muitas delas, após consolidadas, transferidas para os livros da Codificação Espírita. Após a morte de Kardec, a revista sofreu várias interrupções em sua publicação e em sua distribuição. Por ocasião da realização do Congresso Espírita Mundial, em Cartagena, na Colômbia, em outubro de 2007, todos os direitos de propriedade da revista foram adquiridos pelo (csi), e em nossos dias ela é editada em francês, esperanto, espanhol, inglês, polonês e russo. Eu me atrevo a dizer que os 12 volumes dessa incrível revista (1858 a 1869), de suma importância para o entendimento do espiritismo, são quase desconhecidos pela maioria dos espíritas atuais.

É importante também salientar que não foi somente Kardec que se interessou pelo tema. Antes dele, Margaret Fox, uma das irmãs Fox que deram origem ao espiritismo na América, havia mencionado o assunto. No Brasil, vários médiuns trataram da temática extraterrestre. Chico Xavier, por exemplo, psicografou Cartas de uma morta, pelo espírito de sua mãe, Maria João de Deus, cuja história se passa em Marte; e Crônicas de além-túmulo, pelo espírito Humberto de Campos, em que se narra, no capítulo 24, uma reunião à qual compareceram anciãos da sociedade de Marte, estudiosos de Saturno, cientistas e apóstolos de Júpiter e outros representantes da vida do nosso Sistema Solar. O livro A caminho da Luz, de Emmanuel, que revela como extraterrestres, oriundos de diferentes mundos da Constelação do Cocheiro, chegaram à Terra e se miscigenaram com os habitantes do planeta, impulsionando sua evolução.

Por sua vez, Hercílio Maes recebeu, do espírito Ramatis, a obra A vida no planeta Marte. Nela, Ramatis explica que o marciano não apresenta as mesmas características substanciais do terráqueo, pois, apesar de ter a mesma forma, vibra num plano mais energético que material; seu mundo situa-se num campo vibratório adequado a seu corpo físico, ou seja, é menos material que o nosso. Recentemente, os espíritos de Ângelo Inácio e Júlio Verne, pela psicografia do médium Robson Pinheiro, propuseram um estudo mais amplo sobre o assunto com os livros Os nephilins e Os abduzidos, publicados pela Casa dos Espíritos Editora.

Vamos aos textos de Allan Kardec sobre o assunto! Tenho certeza de que, como eu, vocês irão se encantar com a leitura:

A pluralidade dos mundos habitados

Se jamais houvéssemos visto um peixe, não poderíamos conceber um ser vivendo na água; não teríamos a menor ideia de sua estrutura… Por que então não admitir que outras formas de vida podem viver em outros planetas, num meio diverso do nosso? Pudemos observar, até agora, que na Lua não vivem seres como nós, mas como não temos conhecimento de suas estruturas, não podemos dizer com certeza se nela existem ou não outros tipos de vida.

[…]

Por meio de simples raciocínio, pudemos chegar, como muitos antes de nós, a uma conclusão favorável à pluralidade dos mundos. Tal raciocínio é confirmado pelas revelações dos espíritos, que nos dizem que os mundos são habitados por seres que podem ser mais ou menos evoluídos que nós… E, ainda mais, hoje sabemos ser possível entrar em contato com eles e obter esclarecimento sobre seu estado. Assim, tudo é povoado no universo. Planetas sólidos, o ar, as entranhas da Terra e até as profundezas etéreas.”

(Revista espírita, março de 1868, p. 65, 66, 67) 

“Segundo os espíritos, o planeta Marte seria ainda menos adiantado que a Terra. Os espíritos ali encarnados parecem pertencer quase que exclusivamente à nona classe, a dos espíritos impuros […]. Vários outros pequenos globos estão, com alguns matizes, na mesma categoria. A Terra viria em seguida; a maioria de seus habitantes pertence incontestavelmente a todas as classes da terceira ordem; e uma parte bem menor, às últimas classes da segunda ordem. Os espíritos superiores, os da segunda e da terceira classe, aqui cumprem, algumas vezes, missões de civilização e de progresso, mas constituem exceções. Mercúrio e Saturno vêm depois da Terra. A superioridade numérica dos espíritos bons dá-lhes preponderância sobre os espíritos inferiores, do que resulta uma ordem social mais perfeita, relações menos egoístas e, consequentemente, condições de existência mais felizes. A Lua e Vênus encontram-se mais ou menos no mesmo grau e, sob todos os aspectos, mais adiantados que Mercúrio e Saturno. Juno 18 e Urano seriam ainda superiores a estes últimos. Pode supor-se que os elementos morais desses dois planetas são formados das primeiras classes da terceira ordem e, em sua grande maioria, de espíritos da segunda ordem. Os homens são ali infinitamente mais felizes que na Terra, em razão de não terem de sustentar as mesmas lutas nem sofrer as mesmas tribulações, assim como não se acham expostos às mesmas vicissitudes físicas e morais.”

(Revista espírita, março de 1858, p. 116)

Civilizações Cósmicas e seus diferentes habitantes

Vários artigos foram publicados na Revista espírita descrevendo a realidade da vida de extraterrestres que deram informações, inclusive sobre costumes, moradias, alimentação e meios de transporte e comunicação. Por exemplo, sobre o planeta Júpiter e seus habitantes, há informações quanto à conformação física, que é quase igual à nossa, porém, a densidade de seus corpos é tão pequena que pode ser comparada à dos nossos fluidos imponderáveis, tendo o aspecto vaporoso, imaterial e luminoso, principalmente nos contornos do rosto e da cabeça. Esse brilho magnético é semelhante àquele que os artistas simbolizaram na auréola dos santos. O homem de Júpiter é grande – maior que o terráqueo –, seu desenvolvimento é rápido, e sua infância dura apenas alguns meses. A duração de sua vida equivale a cinco de nossos séculos. Falam ainda sobre a locomoção, que é fácil e obtida pelo esforço de vontade, pois, como a densidade do corpo jupteriano é pouco maior do que a atmosférica, ele se liberta facilmente da atração planetária. Enquanto aqui andamos, eles deslizam pela superfície com a facilidade de um pássaro no ar.

Um jovem literato e médium chamado Victorien Sardou, contemporâneo de Allan Kardec, teve a oportunidade de desenhar cenas que retratam habitações, moradores e cenas do dia a dia da civilização daquele planeta. Teve a orientação do espírito Bernard Palissy – que nasceu em Lacapelle-Biron, na França, em 1510, e faleceu na Bastilha, em Paris, em 1590; portanto, habitou a Terra, onde foi ceramista. Após sua morte, Palissy migrou e se tornou habitante de Júpiter, segundo o próprio Allan Kardec. O mais curioso de tudo isso foi que ele não se deteve em apenas desenhar, mas também falou e explicou que a atmosfera do planeta é diferente da terrestre. Segundo Palissy, a água do planeta é mais etérea, mais parecida com vapor, e a matéria quase não existe como a conhecemos. Algumas plantas assemelham-se às nossas, e existem flores com uma textura tão delicada que são quase transparentes. Com relação às habitações, disse que o material com o qual são construídas as casas de Júpiter funde-se sob a pressão dos dedos humanos, como se fosse neve, e que é um dos materiais mais resistentes do lugar. Trouxe, inclusive, detalhes de como as vidraças são feitas de vidro líquido e colorido, que endurece ao tomar contato com o ar. Dá para imaginar tudo isso, pessoal? Que por serem leves são transportáveis a qualquer lugar do planeta… Ainda de acordo com ele, durante certas épocas do ano, o céu fica obscurecido por uma nuvem de “casas” que vêm de todos os pontos. É um passar ininterrupto de moradias de várias formas, cores e tamanhos. Somente quando finda a temporada, o céu fica livre desses curiosos pássaros. Os jupterianos comunicam-se por telepatia, mas também se utilizam de linguagem articulada quando em contato com seres de outros orbes. A segunda visão, ou clarividência, é permanente. O estado rotineiro deles pode ser comparado ao de um ”sonâmbulo lúcido”, e é por isso que podem comunicar-se conosco com uma facilidade maior que habitantes de mundos mais grossos e materiais.

Allan Kardec evoca extraterrestres para responder perguntas

A seguir, destacamos os temas das perguntas feitas por Allan Kardec ao espírito de Bernard Palissy, pelo método da evocação, através da mediunidade de Victorien Sardou. Os textos do estudo completo estão no primeiro volume da Revista espírita (ano I, 1858, FEB) disponível para download gratuito no site da FEB. O conteúdo pode ser encontrado nas edições dos meses de março, abril e agosto desse primeiro volume, de acordo com as seguintes temáticas:

 

  • Março:
  • - Pluralidade dos mundos (p. 109);
  • - Júpiter e alguns outros mundos (p. 112).
  • Abril:
  • - Descrição de Júpiter (p. 171);
  • Agosto:
  • - Habitações do planeta Júpiter (p. 347). 

Kardec faz diversos questionamentos ao espírito Bernard Palissy sobre a vida em Júpiter, composição física do planeta, dos habitantes, dos animais, estado moral, entre outros. Recomendamos a leitura das partes indicadas acima para entender na íntegra o diálogo. 

Para estudos complementares sobre vida extraterrestre, transição planetária, mediunidade e assuntos correlacionados, sugerimos a leitura das obras de Robson Pinheiro, Mônica de Medeiros, André Luiz Ruiz, Pedro de Campos, C. R. Wells e outros autores.

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Justiça e paz!

Marcos Leão

Leia também:

A vida em Marte

A Gênese, de Allan Kardec

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